Por: CEPROL
Em Assembleia Geral com mais de 300 professores, realizada nesta quinta-feira (06/11) na EMEF Gusmão Brito, o Sindicato dos Professores Municipais Leopoldenses (Ceprol Sindicato) aprovou por unanimidade uma paralisação para o dia 18 de novembro. A categoria se posiciona em defesa da educação pública, protesta contra o Teto de Gastos do prefeito Heliomar Franco e o crescente desrespeito contra as professoras e o educação municipal.
De acordo com análise técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e jurídica do Escritório Buchabqui e Pinheiro Machado, a legislação proposta pelo executivo municipal representa um risco de engessamento orçamentário, perda de autonomia e precarização dos serviços públicos. Segundo o DIEESE, a lei já estivesse em vigor, São Leopoldo teria perdido R$ 289,7 milhões em 2024, recursos considerados cruciais para o atendimento à população durante a enchente.
Projeto político de desmonte
A presidente do CEPROL, Cris Mainardi, afirma que as medidas vão além de um ajuste fiscal. “O que estamos testemunhando não é uma medida de ajuste necessário, mas sim um projeto político de desmente dos serviços públicos. O risco concreto é a rigidez da capacidade de investimento do município, a precarização de serviços públicos essenciais como saúde, educação e assistência social, além da desvalorização do magistério”, declarou.
A categoria também relaciona uma série de outros ataques, como a ameaça de fechamento da Escola Municipal de Artes Pequeno Príncipe e a intenção do governo municipal de realizar uma Reforma da Previdência no Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Servidores (IAPS), o que pode modificar as regras de aposentadoria.
Desrespeito na tribuna
O clima de confronto se intensificou com a declaração do vereador governista Daniel Daudt (PL), que ofendeu a categoria ao afirmar, da tribuna da Câmara, que as professoras "não sabem ler e interpretar uma frase". O CEPROL rebateu as declarações, destacando que o quadro é composto por "profissionais aprovadas em concurso público, com graduação e especializações", e exigiu respeito.
Paralisação em defesa da comunidade
A paralisação do dia 18 aprovada em assembleia junto ao sindicato representa um ato de político e um alerta à população leopoldense. “Vamos fechar nossas escolas um dia para lutar em defesa da educação pública para nossos estudantes e toda comunidade, e chamamos a população que venha fazer parte desta luta”, afirmou Mainardi. O movimento busca conscientizar a sociedade sobre os impactos que as medidas aprovadas pela Câmara de Vereadores/as podem ter nos serviços públicos de São Leopoldo.
Criado em: 10/11/2025 09:42
