Por: CEPROL

O CEPROL Sindicato participou nesta terça-feira (23), da 1ª Conferência Nacional Livre de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, com o tema “Saúde do Trabalhador em tempos de precarização do trabalho!”. 


O evento virtual promovido pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal - CUT (Confetam/CUT), reuniu lideranças sindicais de todo o Brasil, e antecipou os debates da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT), prevista para este ano, onde a dirigente do CEPROL, Lucia Brizola foi eleita delegada suplente.


Com foco no Eixo II, que tem como tema “As novas relações de trabalho e a saúde do trabalhador e da trabalhadora”, a conferência promoveu reflexões sobre os impactos das transformações no mundo do trabalho, com destaque para o avanço da terceirização, vínculos precários, adoecimento mental e assédios no serviço público.


A médica e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, foi enfática ao afirmar que o país vem naturalizando relações de trabalho degradantes, muitas delas sem direitos básicos. “Estamos nos acostumando com formas de trabalho que produzem sofrimento, doenças e até mortes. O trabalho por aplicativo é o exemplo mais visível, mas temos categorias como bancários, metalúrgicos, guardas de trânsito e trabalhadores da limpeza urbana que vivem submetidos a pressões insustentáveis, metas abusivas e falta de reconhecimento”, destacou.


Ela alertou ainda para o descaso com a saúde do trabalhador: “As empresas falam em sustentabilidade, mas se esquecem de que não há país sustentável sem saúde do trabalhador. Precisamos de políticas nacionais fortes, que atravessem o país e envolvam todos os movimentos sociais”, enfatizou Maria Maeno.


A presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, reforçou as críticas à postura de muitos gestores municipais. “Ainda enfrentamos uma imensa dificuldade quando o assunto é saúde do trabalhador no serviço público. Muitos gestores enxergam os trabalhadores apenas como números e se recusam a discutir assédio, sobrecarga, doenças mentais e más condições de trabalho. Por isso essa conferência é tão simbólica: estamos colocando a vida desses trabalhadores no centro do debate”, afirmou.


A vice-presidente do CEPROL, Rosi Petersen, destaca a necessidade de construir soluções para a pauta da saúde mental das categorias, e principalmente, das professoras. "Com o aumento da violência nas escolas e a desvalorização da docência, os casos de depressão, burnout, crises de ansiedade e outros transtornos associados ao ambiente de trabalho vem aumentando dentro das escolas", afirma a vice-presidente.


O evento culminou na construção coletiva de propostas que serão levadas à 5ª CNSTT, fortalecendo a participação social na formulação de políticas públicas. Ao final da conferência, também foi realizada a eleição dos(as) delegados(as) que representarão os servidores e servidoras municipais nesse espaço estratégico de debate e defesa da saúde laboral no país.

Criado em: 24/04/2025 10:55


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