Por: CEPROL

Nesta sexta-feira (13/06), a diretoria do CEPROL participou do Seminário de Transição Energética e o Mundo do Trabalho, promovido pela CUT-RS, na sede do SindBancários em Porto Alegre.
O evento debateu os impactos das mudanças climáticas e da transição energética sobre o mundo do trabalho, destacando a necessidade de incluir os trabalhadores e trabalhadoras no centro dessas discussões.
Na abertura do seminário, o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destacou a importância de tratar o trabalho e o meio ambiente como temas interligados, alertando que “os trabalhadores e trabalhadoras não podem pagar a conta dos desastres ambientais”.
Também participou da abertura a Secretária Nacional de Meio Ambiente da CUT, Rosalina Amorim, que alertou para o avanço do negacionismo climático e a necessidade urgente de construir um novo modelo de desenvolvimento que garanta justiça ambiental e social. O representante do Dieese, Ricardo Franzói, também fez uma análise sobre o cenário econômico e ambiental.
A programação foi dividida em duas mesas de debates. A primeira, intitulada “Trabalho e Clima”, abordou temas como o racismo ambiental, os impactos das enchentes e a responsabilidade do agronegócio e do neoliberalismo na crise climática. Participaram desta mesa a Secretária Nacional de Meio Ambiente da CUT, Rosalina Amorim; o professor de Geografia da UFRGS, Dilermando Cattaneo; o representante do Movimento Nacional de Catadores e Catadoras de Material Reciclável (MNCR), Fagner Jandrey; e o engenheiro e ativista Eduardo Ragusi.
Na segunda mesa, “Transição Energética: impactos e possibilidades para o Rio Grande do Sul”, os debatedores aprofundaram a discussão sobre as fontes de energia, o mercado de créditos de carbono e o papel central dos trabalhadores nessa transição. Participaram Nelson Karam (Dieese), Miriam Cabreira (Sindipetro RS), Frei Sérgio (Instituto Padre Josimo) e Antônio Jailson da Silva Silveira (Senergisul RS), sob a mediação de Arilson Würsh, Secretário de Meio Ambiente da CUT-RS.
O CEPROL destaca a importância de ampliar o debate dentro da categoria sobre os impactos da crise climática e da transição energética, especialmente no Rio Grande do Sul, onde os trabalhadores da educação também enfrentam as consequências das enchentes, do deslocamento forçado e da precarização das condições de vida e trabalho.
O seminário evidenciou a importância do protagonismo do movimento sindical e da classe trabalhadora nas discussões sobre o modelo de desenvolvimento sustentável, que deve garantir emprego digno, justiça social e ambiental.
Criado em: 16/06/2025 11:20