Por: CEPROL

Na sessão da Câmara de Vereadores de São Leopoldo realizada na terça-feira (03/06) a presidente do CEPROL Sindicato, Cris Mainardi, utilizou a Tribuna para um forte chamado à sociedade: é urgente enfrentar o avanço da violência nas escolas municipais com união e responsabilidade coletiva.
Na Carta à Comunidade Leopoldense, Mainardi destacou que o sindicato tem recebido inúmeros relatos de violências cometidas contra professores e professoras, principalmente por estudantes e familiares, envolvendo ofensas, ameaças, intimidações, e até agressões físicas.
Segundo ela, é preciso reconhecer que esses ataques frequentemente têm recorte de gênero, pois a categoria é majoritariamente feminina. “Somos mulheres trabalhadoras, profissionais da educação, muitas com mestrado e doutorado, que se dedicam à formação das crianças e jovens de São Leopoldo. Mas estamos cansadas, sobrecarregadas, adoecendo e com medo”, afirmou.
Durante sua fala, a presidente apontou que a crise na educação é profunda e estrutural. Salas superlotadas, ausência de novas escolas, falta de valorização profissional e políticas públicas ineficazes agravam ainda mais o quadro. “A periculosidade e a insalubridade se tornaram sinônimos da nossa profissão. O apagão docente é real: jovens já não querem ingressar no magistério, e muitos profissionais estão abandonando a carreira.”
A Carta reforçou que a solução não está na militarização ou na presença de polícia dentro das escolas, mas sim na construção de uma verdadeira rede de proteção que envolva Estado, famílias, escola, saúde, assistência social e segurança: “A escola é um espaço de diálogo, democracia e transformação. Sozinha, ela não se dará conta. Precisamos de uma frente ampla, de toda a comunidade, para promover uma cultura de paz”.
A presidente também lembrou que agredir ou desacatar servidores públicos é crime previsto em lei, e que o sindicato está mobilizado com estrutura jurídica e política para defender a categoria.
O CEPROL reforça seu compromisso com a educação pública de qualidade e convoca toda a sociedade leopoldense a se unir em torno da valorização dos educadores e da defesa da escola como espaço seguro e democrático.
“Quando um professor é agredido, a escola é ferida, o conhecimento sangra e o futuro se apaga.”
Criado em: 04/06/2025 16:03