Por: CEPROL

Nos dias 11 e 12 de dezembro a Presidenta do CEPROL, Cris Mainardi, participou da Reunião da Direção Nacional da Confetam com debates e deliberações sobre os rumos da luta do funcionalismo público municipal brasileiro com o foco na defesa do serviço público e da classe trabalhadora. Cris Mainardi compõe o Conselho Fiscal da Confederação.

IA no Trabalho: Riscos e a Defesa da Experiência Humana

O primeiro dia do encontro foi aberto com um alerta sobre as transformações tecnológicas. Em uma mesa que debateu os impactos da Inteligência Artificial (IA) no mundo do trabalho, o professor da UFBA Ricardo Coutinho trouxe um panorama crítico. Ele destacou a substituição real de postos de trabalho por automação e robótica e chamou a atenção para a "perda de criticidade" no uso acrítico de ferramentas de IA pelas novas gerações.

Coutinho direcionou a reflexão para o serviço público, questionando os efeitos dessa revolução tecnológica na administração e no atendimento à população. "Experiência não se substitui", afirmou, ressaltando a importância do conhecimento prático e da análise humana, elementos centrais em serviços essenciais como saúde, educação e assistência social.

Conjuntura Crítica e a Disputa pelos Rumos do Brasil

No período da tarde, o tom político se intensificou. Sob coordenação da presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, a mesa "Análise de Conjuntura e Eleições 2026" reuniu o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e o professor de Economia da UFBA, Luiz Filgueiras.

Gabrielli fez uma leitura contundente do cenário político nacional, caracterizando-o como um campo de batalha entre dois projetos antagônicos para o país. De um lado, um projeto que defende o Estado, os serviços públicos, a democracia e os direitos sociais. De outro, um projeto conservador e liberal que, segundo ele, promove o desmonte do Estado, a redução de direitos e o enfraquecimento das organizações populares. Para Gabrielli, 2026 não será uma eleição comum, mas um "embate histórico".

Luiz Filgueiras complementou a análise pelo viés econômico, alertando que o projeto neoliberal continua ativo, pressionando por um Estado mínimo, congelamento de investimentos e restrições severas ao funcionalismo. Ele foi enfático ao dizer que o pleito de 2026 será decisivo para definir se o Brasil avança em uma rota de reconstrução ou mergulha em um novo ciclo de retrocessos institucionais e ataques aos trabalhadores.

Consenso e Chamado à Ação: Organizar, Comunicar e Lutar

Um ponto uniu todos os debatedores e permeou as discussões do dia: a necessidade de fortalecimento da organização, da comunicação e da capacidade de pressão política da classe trabalhadora e, especificamente, do funcionalismo municipal.

Ficou claro que a defesa dos serviços públicos exige um enfrentamento político direto e unificado. A Confetam foi apontada como estratégico nessa disputa, com a missão de preparar e mobilizar sua categoria para os desafios imediatos e futuros.

O chamado foi à mobilização permanente, ao debate qualificado e à construção de uma unidade forte para proteger os serviços públicos e a democracia, enfrentando as ameaças tecnológicas, políticas e econômicas que, como destacado nas falas, "já batem à porta".


Criado em: 15/12/2025 15:34


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